segunda-feira, 28 de dezembro de 2020

Laelia anceps var. semi alba

A Laelia anceps é uma espécie que se desenvolve de forma epífita, por vezes como litófila, em plantações de café, pastagens e florestas mistas (carvalhos e pinheiros), em altitudes que podem oscilar entre os 500 e os 1500 metros, muitas vezes expostas ao sol, sendo nativas do México e das Honduras. É uma planta de médio porte, com pseudobulbos alongados e oblongos, ligeiramente achatados e com nervuras longitudinais, geralmente com uma folha apical, muito raramente duas. As suas inflorescências são longas, podendo atingir 1,20m, sendo compostas, em regra, por 2 a 4 flores de tamanho considerável, apresentando alguma variabilidade na forma e sobretudo nas cores.

É uma espécie que pode ser cultivada preferencialmente montada, tendo como alternativa um vaso ou um cesto, desde que utilizado um substrato próprio para epífitas. Suporta bem ambientes temperados, assim como mais frios, adaptando-se razoavelmente bem ao frio do nosso Inverno, desde que não esteja exposta a geadas. Requer ambientes com forte luminosidade, suportando mesmo algum sol direto.

Regas e fertilizações regulares na fase de desenvolvimento dos novos pseudobulbos, até à sua completa maturação.  Reduzir estas substancialmente a partir da segunda metade do Outono e durante o Inverno.




Referências bibliográficas:

IOSPE PHOTOS (orchidspecies.com)

segunda-feira, 30 de novembro de 2020

Epidendrum porpax

O Epidendrum porpax é uma espécie miniatura, sendo uma planta sem pseudobulbos, proveniente de florestas montanhosas e húmidas, situadas entre os 400 e os 1800 metros de altitude. Aí se desenvolve como epífita, estando distribuída por diversos países; como o México, Guatemala, Honduras, Costa Rica, Panamá, Nicarágua, Venezuela, Colômbia, Equador, Bolívia, Brasil e Peru.

Tanto pode ser cultivada em vaso, como montada, ou ainda em cesto suspenso, nestes casos utilizando um substrato próprio para epífitas. Aprecia um ambiente temperado, algo sombreado, com elevado teor de humidade relativa e bem ventilado. O número de regas devem ser adequadas à forma de cultivo, necessitando, obrigatoriamente, de maior frequência se cultivada montada. Como não tem pseudobulbos, devem evitar-se períodos prolongados de seca entre regas.  Pode ser fertilizada ao longo de quase todo o ano, sempre com doses pouco concentradas.




Referências bibliográficas:

IOSPE PHOTOS (orchidspecies.com)

quinta-feira, 26 de novembro de 2020

Cattleya walkeriana 'Dayane Wenzel x Pink Smiles'

Esta é a primeira floração desta Cattleya walkeriana 'Dayane Wenzel x Pink Smiles', adquirida à Florália, numa exposição de Lisboa, em 2016. Considero um bom exemplar desta magnífica espécie, de floração invernal. É cultivada montada num pedaço de madeira, nas mesmas condições da generalidade das outras espécies deste género.



domingo, 15 de novembro de 2020

Coelogyne nitida

A Coelogyne nitida é uma espécie que se desenvolve de forma epífita, por vezes como litófila, sobre as árvores ou sobre as rochas, em zonas montanhosas, entre os 1300 e os 2600 metros de altitude, no Nepal, no Butão, na Índia, na Birmânia, no Bangladesh, na China, na Tailândia e no Laos.

É uma planta ideal para ser cultivada em climas frios, podendo ser utilizado um cesto ou um vaso, com um substrato próprio para epífitas. Não aprecia as temperaturas elevadas do Verão, pelo que se deverá manter em local fresco, bem ventilado e com elevado teor de humidade relativa, durante esta época. Regar o necessário para manter a planta sempre hidratada e fertilizar regularmente na fase de desenvolvimento vegetativo da planta.




Referências bibliográficas:

http://orchidspecies.com/coelnitida.htm

sexta-feira, 13 de novembro de 2020

Gongora grossa

A Gongora grossa é uma planta de médio a grande porte, com pseudobulbos sulcados, ovoides e com duas folhas apicais, largas, finas e plicadas. Na minha estufa tem florido sempre em pleno Outono. As hastes florais surgem a partir da base dos pseudobulbos já maduros, sendo longas e compostas por inúmeras flores, muito perfumadas.

É uma espécie epífita, proveniente de florestas húmidas tropicais, desenvolvendo-se em altitudes que podem oscilar entre os 50 e os 1300 metros. Pode ser observada, no seu estado natural, na Venezuela, no Sul da Colômbia e no Oeste do Equador.

Para se desenvolver bem e florir com regularidade, necessita de ser cultivada numa estufa temperada quente, onde as temperaturas mínimas nunca desçam abaixo dos 13 a 14 graus, mesmo durante o Inverno. As máximas deverão andar à volta dos 33 graus. O ambiente de cultivo é moderadamente sombreado, bem ventilado e com elevado teor de humidade relativa. 

Utilizo um vaso suspenso e um substrato para epífitas, composto por casca de pinheiro média e grossa (60 a 70%), argila expandida (20 a 30%) e alguma perlite (10%). Rego apenas o necessário para manter o substrato ligeiramente húmido, deixando secar entre regas, por períodos curtos de tempo. Se o tempo for frio e chuvosos rego o menos possível. Desde o início da fase de crescimento dos novos pseudobulbos, até à sua completa maturação, aplico o fertilizante Akerne´s Rain Mix, duas a três vezes por semana, sempre com doses de baixa concentração.



Referências bibliográficas:

http://orchidspecies.com/gongrossa.htm

https://wcsp.science.kew.org/qsearch.do

domingo, 25 de outubro de 2020

Cattleya Landate

A Cattleya Landate é um híbrido primário entre as espécies Cattleya aclandiae e a Cattleya guttata, cujo cruzamento data já de 1966 e sendo atribuído a Rod McLellan. Trata-se já da segunda floração deste meu exemplar, em 2020, mantendo a beleza e as caraterísticas das suas "progenitoras", sendo uma planta de tamanho médio, de fácil acomodação. Adapta-se bem às mesma condições de cultivo da generalidade das espécies deste género, tanto no que toca a luminosidade, como ao teor de humidade relativa e ao número de regas e fertilização.



segunda-feira, 19 de outubro de 2020

Cattleya praestans

A Cattleya praestans é uma planta miniatura/pequeno porte, de pseudobulbos alongados e com uma única folha apical, oblongo lanceolada e algo coriácea. As suas inflorescências podem ter uma a duas flores, de tamanho considerável, comparativamente com o porte da planta.

É uma espécie nativa dos Estados de Minas Gerais e Espírito Santo, no Brasil, onde vegeta como planta epífita, em florestas cujas altitudes podem oscilar entre os 700 e os 900 metros.

Cultivo esta planta montada num pequeno pedaço de madeira, na estufa temperada quente, em local com sombra parcial, mas com luminosidade intensa, O ambiente de cultivo possui boa ventilação e elevado teor de humidade relativa. 

Durante as estações mais quentes e secas do ano rego 3 a 4 vezes por semana, reduzindo drasticamente nos períodos mais frios e chuvosos. Para quem a cultiva em vaso o número de regas deverá ser claramente inferior. Logo desde o início da Primavera e até meados do Outono, aplico 2 a 3 vezes por semana o fertilizante Akerne's Rain Mix, sempre com doses de baixa concentração, apenas metade das gramas aconselhadas para cada litro de água. Durante o resto do ano suspendo as fertilizações.



Referências bibliográficas:

http://orchidspecies.com/laelpraestans.htm

https://wcsp.science.kew.org/namedetail.do?name_id=374631

segunda-feira, 5 de outubro de 2020

Bulbophyllum annandalei

O Bulbophyllum annandalei é uma das espécies deste género que tolera temperaturas um pouco mais baixas, sendo uma planta compacta, com pseudobulbos cónicos e uma única folha apical, bem espessa. Produz belas inflorescências, longas e em forma de umbela. É uma planta epífita, proveniente da Malásia e da Tailândia, desenvolvendo-se em florestas situadas à volta dos 1000 metros de altitude.

O cultivo é feito em estufa temperada, com as mínimas à volta dos 10 a 12 graus e  as máximas entre os 32 a 34 graus. O ambiente de cultivo possui um elevado teor de humidade relativa (entre 60 a 70%), sombra parcial e boa ventilação.

Utilizo um vaso baixo e largo, em suspensão, com um substrato composto por uma mistura de casca de pinheiro média e fina, argila expandida e uma percentagem mais reduzida de esfagno e perlite. 

As regas devem ser as necessária para manter o substrato apenas ligeiramente húmido, sendo mais frequentes durante o tempo quente e seco e bastante mais espaçadas durante os períodos mais frios chuvosos, evitando mesmo regar se o tempo for demasiado frio e húmido. Fertilizo com o Akene´s Rain Mix, duas a três vezes por semana, aplicando apenas metade da dose aconselhada para cada litro de água. Durante a segunda metade do Outono e no Inverno suspendo todas as fertilizações.


 

Referências bibliográficas:

http://orchidspecies.com/bulbanandalaei.htm

https://wcsp.science.kew.org/namedetail.do?name_id=25164

segunda-feira, 28 de setembro de 2020

Grosourdya appendiculata

A Grosourdya appendiculata é uma espécie miniatura, sem pseudobulbos, de crescimento monopodial, tal como as vandáceas. É uma planta epífita, que se desenvolve sobre os galhos das árvores, em florestas de zonas ribeirinhas, planícies e colinas, de baixa e média altitude, entre os 50 e os 1200 metros. Pode ser observada, no seu estado natural, em países como a China, o Vietname, a Birmânia, a Tailândia, a Malásia e as ilhas de Andaman, Java, Sumatra e Filipinas.

Cultivo esta miniatura montada numa pequena placa de cortiça, na estufa temperada quente, em local bem sombreado, com boa ventilação e elevado teor de humidade relativa (à volta dos 60 a 70%).

Necessita de ser regada com frequência nas estações mais quentes e secas, quase diariamente, espaçando bastante o número de regas se o tempo for mais frio e chuvoso. Nesta altura, basta pulverizar as raízes apenas uma vez por semana ou ainda menos. Fertilizo semanalmente, duas a três vezes, utilizando o Akerne´s Rain Mix. Aplico sempre doses de baixa concentração, cerca de metade da dose aconselhada no rótulo por cada litro de água. Durante a segunda metade do Outono e durante o Inverno suspendo todas as fertilizações.




Referências bibliográficas:

http://orchidspecies.com/grosappenduculata.htm

https://wcsp.science.kew.org/qsearch.do

sexta-feira, 25 de setembro de 2020

Cattleya pumila

A Cattleya pumila, ex Laelia pumila, é uma espécie miniatura, unifoliada, com pseudobulbos alongados e ovoides, cujas inflorescências podem ter uma a duas flores de porte considerável, para o tamanho da planta. É uma espécie epífita, que se desenvolve em florestas algo sombrias e húmidas, de baixa e média altitude, entre os 600 e os 1300 metros, no Brasil.

Cultivo esta planta montada numa placa de cortiça, na estufa temperada quente, em local medianamente sombreado, com elevado teor de humidade relativa e boa ventilação. 

Durante as estações mais quentes e secas do ano rego com frequência, de forma a manter a planta sempre bem hidratada. Durante os períodos mais frios e chuvosos rego muito espaçadamente. Ao longo da maior parte do ano aplico como fertilizante o Akerne's Rain Mix, com doses de baixa concentração, apenas metade do aconselhado, por cada litro de água. Durante s segunda metade do Outono e  o Inverno suspendo todas as fertilizações.



Referências bibliográficas:

http://orchidspecies.com/laeliapumila.htm

https://wcsp.science.kew.org/qsearch.do

segunda-feira, 21 de setembro de 2020

Cattleya maxima f. alba

A Cattleya maxima f. alba é uma variedade pouco comum desta espécie unifoliada, sendo uma planta ligeiramente mais pequena do que a espécie tipo. É nativa das florestas de baixa e média altitude, do Equador, da Colômbia, do Peru e da Venezuela.

É cultivada montada numa pequena placa de cortiça, na estufa temperada quente, em local com excelente luminosidade, mas sempre com sombra parcial. O ambiente de cultivo possui elevado teor de humidade relativa e boa ventilação.

Rego com frequência nas estações mais quentes e secas do ano (3 a 4 vezes por semana), espaçando consideravelmente o número de regas nas estações frias e chuvosas. Se cultivada em vaso o número de regas deverá ser inferior.

Fertilizo com o Akerne´s Rain Mix, duas a três vezes por semana, aplicando apenas cerca de metade da dose aconselhada no rótulo, por cada litro de água. Durante o Inverno suspendo as fertilizações, retomando logo no início da Primavera.




Referências bibliográficas: 

http://orchidspecies.com/catleyamaxima.htm

https://wcsp.science.kew.org/namedetail.do?name_id=36026

terça-feira, 8 de setembro de 2020

Paphiopedilum herrmannii

O Paphiopedilum herrmannii, também conhecido por alguns autores como Paphiopedilum x herrmannii, é considerado um híbrido natural entre o Paphiopedilum helenae e o Paphiopedilum hirsutissimum var. esquirolii. É uma espécie de pequeno porte, que ocorre em florestas mistas e solos calcários, em altitudes entre os 700 e os 950 metros, no norte doVietname.

Cultivo esta planta na estufa temperada/quente, em local sombreado, com elevado teor de humidade relativa e boa ventilação. Utilizo um vaso pequeno e um substrato composto por uma mistura de casca de pinheiro média, argila expandida, perlite e alguma matéria orgânica. Costumo adicionar uma pequena percentagem de um componente, como cascas de conchas partidas, para elevar o pH do solo.

Adequo o número de regas a cada estação, sendo apenas as necessárias para manter o substrato ligeiramente húmido, durante todo o ano. Fertilizo 2 a 3 vezes por semana, durante Primavera e o Verão, sempre com doses de baixa concentração  (metade da dose indicada no rótulo para cada litro de água). Durante o Inverno aplico pouquíssimas fertilizações e suspendo sempre que o tempo esteja frio e chuvoso.



Referências bibliográficas:

https://wcsp.science.kew.org/qsearch.do

http://orchidspecies.com/paphxhermanii.htm

terça-feira, 25 de agosto de 2020

Bulbophyllum mirum

 O Bulbophyllum mirum é uma planta miniatura, com pseudobulbos ovoides a cónicos, com uma única folha apical, oval a oblonga. As suas curtas inflorescências surgem durante o Verão e são compostas por duas flores ressupinadas, muito exóticas e peculiares, desprovidas de aroma.

É uma espécie do continente asiático, nativa na Península da Malásia e nas ilhas de Bornéu, Java, Flores, Bali e Sumatra, desenvolvendo-se em galhos e troncos cobertos de musgo, em florestas cujas altitudes se situam entre os 1000 e os 1600 metros.

Tenho esta planta cultivada num pequeno vaso, com uma mistura de casca de pinheiro pequena, perlite e algum esfagno, para melhor reter a humidade. Pode, opcionalmente, ser cultivada montada, exigindo desta forma mais cuidado na frequência das regas.

O ambiente de cultivo é temperado, mediamente sombreado, com elevado grau de humidade relativa e boa ventilação. É uma das  espécies do género Bulbophyllum que suportam temperaturas mais baixas.

As regas devem ser adaptadas às diferentes estações do ano, sendo apenas as necessárias para manter as raízes sempre ligeiramente húmidas (nunca encharcadas). Fertilizo  com o Akerne's Rain Mix, duas a três vezes por semana, sempre com apenas metade da dose aconselhada nas instruções, em gramas, para cada litro de água. Durante todo o Inverno suspendo as fertilizações.




Referências bibliográficas:

http://orchidspecies.com/bulbmirum.htm

https://wcsp.science.kew.org/qsearch.do

segunda-feira, 17 de agosto de 2020

Cattleya bicalhoi

 A Cattleya bicalhoi, mais conhecida no mundo orquidófilo pelo sinónimo Laelia dayana, é uma espécie de pequeno porte, com pseudobulbos cilíndricos e uma folha apical carnuda, ovalada lanceolada. As suas inflorescências surgem, normalmente, durante o Verão ou no início do Outono, com uma única flor cada uma, de 4 a 5 cm de envergadura, onde se destaca um belíssimo labelo, grande e finamente estriado.

É uma espécie de desenvolvimento epífito, sobre árvores cobertas de líquenes, em habitas de florestas montanhosas, entre os 500 e os 2000 metros de altitude, nas Montanhas dos Órgãos, perto do Rio de Janeiro, no Brasil.

É uma planta que deve ser cultivada preferencialmente montada numa placa de cortiça ou de madeira, em ambiente temperado, com com excelente luminosidade, mas sem sol direto. O ambiente de cultivo deve ainda possuir boa ventilação e elevado teor de humidade relativa. 

Como as cultivo montada, rego frequentemente desde o início da Primavera, até meados do Outono. Durante o Inverno necessita de um prolongado período de descanso, limitando as regas ao mínimo possível, para assim podermos ter florações regulares.

Também desde o início da Primavera e até medos do Outono, fertilizo 2 a 3 vezes por semana, com o fertilizante Akerne's Rain Mix, sempre com cerca de metade da dose aconselhada nas instruções, em gramas, por cada litro de água. Durante o Inverno suspendo todas as aplicações de fertilizante.



Referências bibliográficas:

http://orchidspecies.com/laeliadayana.htm

https://wcsp.science.kew.org/namedetail.do?name_id=374632

segunda-feira, 10 de agosto de 2020

Stanhopea ecornuta

A Stanhopea ecornuta é uma planta de médio porte, com pseudobulbos ovais, sulcados, com uma única folha apical, com nervuras acentuadas na longitudinal. As suas inflorescências surgem a partir dos pseudobulbos já maduros, sendo geralmente compostas por poucas flores, 2 a 3 por haste floral, de considerável dimensão e bem perfumadas, sendo estas de curta duração.

Esta espécie habita em florestas tropicais, sempre verdes e sombreadas, quentes e muito húmidas, em locais de baixa altitude, que vão desde o nível do mar até aos 300 metros. É nativa de países como a Costa Rica, a Nicarágua, o Panamá, as Honduras e a Guatemala.

A forma de cultivo é muito semelhante às restantes espécies deste género, sendo que esta é das mais exigentes em termos de temperatura, não suportando mínimas abaixo dos 12 a 14 graus, mesmo durante o Inverno.








Referências bibliográficas: