terça-feira, 25 de agosto de 2020

Bulbophyllum mirum

 O Bulbophyllum mirum é uma planta miniatura, com pseudobulbos ovoides a cónicos, com uma única folha apical, oval a oblonga. As suas curtas inflorescências surgem durante o Verão e são compostas por duas flores ressupinadas, muito exóticas e peculiares, desprovidas de aroma.

É uma espécie do continente asiático, nativa na Península da Malásia e nas ilhas de Bornéu, Java, Flores, Bali e Sumatra, desenvolvendo-se em galhos e troncos cobertos de musgo, em florestas cujas altitudes se situam entre os 1000 e os 1600 metros.

Tenho esta planta cultivada num pequeno vaso, com uma mistura de casca de pinheiro pequena, perlite e algum esfagno, para melhor reter a humidade. Pode, opcionalmente, ser cultivada montada, exigindo desta forma mais cuidado na frequência das regas.

O ambiente de cultivo é temperado, mediamente sombreado, com elevado grau de humidade relativa e boa ventilação. É uma das  espécies do género Bulbophyllum que suportam temperaturas mais baixas.

As regas devem ser adaptadas às diferentes estações do ano, sendo apenas as necessárias para manter as raízes sempre ligeiramente húmidas (nunca encharcadas). Fertilizo  com o Akerne's Rain Mix, duas a três vezes por semana, sempre com apenas metade da dose aconselhada nas instruções, em gramas, para cada litro de água. Durante todo o Inverno suspendo as fertilizações.




Referências bibliográficas:

http://orchidspecies.com/bulbmirum.htm

https://wcsp.science.kew.org/qsearch.do

segunda-feira, 17 de agosto de 2020

Cattleya bicalhoi

 A Cattleya bicalhoi, mais conhecida no mundo orquidófilo pelo sinónimo Laelia dayana, é uma espécie de pequeno porte, com pseudobulbos cilíndricos e uma folha apical carnuda, ovalada lanceolada. As suas inflorescências surgem, normalmente, durante o Verão ou no início do Outono, com uma única flor cada uma, de 4 a 5 cm de envergadura, onde se destaca um belíssimo labelo, grande e finamente estriado.

É uma espécie de desenvolvimento epífito, sobre árvores cobertas de líquenes, em habitas de florestas montanhosas, entre os 500 e os 2000 metros de altitude, nas Montanhas dos Órgãos, perto do Rio de Janeiro, no Brasil.

É uma planta que deve ser cultivada preferencialmente montada numa placa de cortiça ou de madeira, em ambiente temperado, com com excelente luminosidade, mas sem sol direto. O ambiente de cultivo deve ainda possuir boa ventilação e elevado teor de humidade relativa. 

Como as cultivo montada, rego frequentemente desde o início da Primavera, até meados do Outono. Durante o Inverno necessita de um prolongado período de descanso, limitando as regas ao mínimo possível, para assim podermos ter florações regulares.

Também desde o início da Primavera e até medos do Outono, fertilizo 2 a 3 vezes por semana, com o fertilizante Akerne's Rain Mix, sempre com cerca de metade da dose aconselhada nas instruções, em gramas, por cada litro de água. Durante o Inverno suspendo todas as aplicações de fertilizante.



Referências bibliográficas:

http://orchidspecies.com/laeliadayana.htm

https://wcsp.science.kew.org/namedetail.do?name_id=374632

segunda-feira, 10 de agosto de 2020

Stanhopea ecornuta

A Stanhopea ecornuta é uma planta de médio porte, com pseudobulbos ovais, sulcados, com uma única folha apical, com nervuras acentuadas na longitudinal. As suas inflorescências surgem a partir dos pseudobulbos já maduros, sendo geralmente compostas por poucas flores, 2 a 3 por haste floral, de considerável dimensão e bem perfumadas, sendo estas de curta duração.

Esta espécie habita em florestas tropicais, sempre verdes e sombreadas, quentes e muito húmidas, em locais de baixa altitude, que vão desde o nível do mar até aos 300 metros. É nativa de países como a Costa Rica, a Nicarágua, o Panamá, as Honduras e a Guatemala.

A forma de cultivo é muito semelhante às restantes espécies deste género, sendo que esta é das mais exigentes em termos de temperatura, não suportando mínimas abaixo dos 12 a 14 graus, mesmo durante o Inverno.








Referências bibliográficas: