Maxillaria variabilis

Há vários anos que possuo esta espécie magnífica, que todos os anos me contempla com florações abundantes, duradouras e muito aromáticas. As cores deste exemplar saíram de um amarelo intenso e com o labelo fortemente marcado por um lindo vermelho acastanhado, já que, como o próprio nome desta planta o indica, as flores podem variar de cor de um exemplar para o outro.

São originárias de países como o Guatemala, México, El Salvador, Belize, Honduras, Nicarágua, Costa Rica, Panamá, Colômbia e Equador, desenvolvendo-se em florestas até dois mil e quinhentos metros de altitude, o que faz com que se adapte bem em ambientes temperadas, de meia sombra e com boa humidade do ar.

É uma planta de pequeno porte, de crescimento rápido, que se adapta bem à maioria dos substratos, desde que estes proporcionem boa ventilação das raízes.

Orquídeas do Azibo

Mais uma jornada pedestre, no passado dia 15 de Maio, com o objectivo de observar e fotografar orquídeas, desta vez nas margens da albufeira do Azibo. Foram várias as espécies encontradas, algumas delas ainda por florir.

Aqui vão algumas fotografias:

Cephalanthera longifolia

Cephalanthera longifolia

Orchis laxiflora (???)

Orchis champagneuxii

Orchis olbiensis (???)

Serapias cordigera

Serapias lingua

Angraecum viguieri

Esta notável espécie, oriunda de Madagáscar, caracteriza-se por ser uma planta de pequeno/médio porte que exibe flores maravilhosas, de grande dimensão, com cores e formas pouco vulgares e com um esporão com cerca de 20 cm.. Tal como a maioria das espécies deste género, manifesta um maravilhoso´perfume durante a noite.

Este Angraecum destaca-se também por se adaptar bem a climas temperados, contrariamente à maioria dentro deste género.

Aprecia substratos porosos e húmidos, assim como um elevado grau de humidade do ambiente, nas estações mais quentes.

Bifrenaria harrisoniae

A Bifrenaria harrisoniae é uma orquídea de médio porte que se encontra, no seu estado natural, nas regiões costeiras do Brasil, em zonas de baixa altitude. Deste modo, deve cultivar-se em ambientes temperados, com regas frequentes no Verão e redução quase total das regas durante o Inverno.

Produz inflorescências curtas, na base dos pseudobolbos, com uma a três belas flores por haste, de média a grande dimensão e deliciosamente perfumadas.

Podendo considerar-se uma espécie de fácil cultivo tem, apesar de tudo, algumas particulariades: estranha o reenvasamento e ou as mudanças de local/ambiente, demorando a voltar a florir. Comprei esta espécie há dois anos já com flor e só voltou a florir este ano.

Paphiopedilum sukhakulii

Mais um Paphiopedilum (sapatinho) que acabou de florescer. Originário do nordeste tailandês, adptado a zonas de média e baixa altitude, exige, em cultura, um ambiente temperado a quente.

Sendo uma planta de porte médio, com as suas belas folhas curtas e em xadrez, produz inflorescências erectas e solitárias.

Aprecia, tal como quase todas as espécies deste género, substratos leves e porosos, constantemente húmidos, mas sem excessos de água.

Orquídeas da Serra de Aire

No passado dia um de Maio, num curto percurso pedestre pela Serra de Aire, tive o privilégio de observar e fotografar várias espécies de orquídeas. De todas elas, a mais rara foi a Orchis papilionacea, pois só encontrei um exemplar. Sobre a classificação da Ophrys vernixia tenho algumas dúvidas, mas as características são muito semelhantes.

Das dezenas de fotografias tiradas, partilho algumas com apresentação em "slide show".

Todas elas são de uma beleza especial...

No mesmo local, para além de muitos outros espécimes da flora local, pude também apreciar a "Rosa albardeira", cujo nome popular corresponde à Paeonia broteroi, uma das plantas mais bonitas no estado natural.

Oncidium eurycline

Desenvolve-se, no seu estado natural, no Brasil e na Venezuela, como uma espécia minitura, sendo uma das mais belas dentro do género.

Deve ser preferencialmente cultivado em placas de cortiça, apreciando ambientes temperados e com bastante humidade, sobretudo durante as estações mais quentes.

Cymbidium devonianum

Comprei este Cymbidium o ano passado, como uma planta ainda jovem, que me presenteou com uma bela floração, já este ano. Esta espécie é originária de uma parte da Índia, parte oriental dos Himalaias, Butão, Nepal, Birmânia, Tailândia e Vietnã, desenvolvendo-se nas terras altas de montanha, entre os 1000 e os 2000 metros de altitude, proporcionando que se adapte bem em ambientes frios/temperados. Esta planta produz flores sem cheiro, de longa duração, em hastes pendentes, sendo usada na obtenção de variadíssimos híbridos do género Cymbidium.

Tal como a maioria das espécies deste género, necessita de um período de descanso durante o Inverno, com abaixamento de temperatura e redução de regas e fertilização, para garantir uma boa floração no ano segiunte.